Rock in Rio já deixa saudades – Parte Final

*Por Mary Camata

Bom, agora que estou de volta em casa, fica mais fácil detalhar o último dia do Rock in Rio. Como já era de se esperar, o último dia sempre é também o dia mais cansativo, pois todo mundo já estava a dias acompanhando o Rock in Rio e já podíamos observar que as pessoas estavam com as energias abaladas no dia 02 de outubro, último dia de Rock in Rio 2011.


A gente sempre vê muitas críticas surgirem sobre o Rock in Rio a todo o momento, mesmo depois do Festival ter acabado e o mais curioso claro, são os comentários de pessoas que não estiveram lá e que também não entendem de Festivais. Quando decidi conhecer o Rock in Rio, não fui apenas porque queria ver shows internacionais não e nem estava atrás de realizar todos os meus sonhos de roqueira. Fui ao Rock in Rio porque todo mundo que gosta de Festival de Rock quer ter a experiência de chegar até lá, de conhecer as tendências, de acompanhar toda a mega estrutura montada para receber os mais de 100 mil visitantes de vários estados e países, trocar experiências e assistir a cada um dos shows muito bem preparados por grandes músicos que se dedicaram de corpo e alma para que aquele momento fosse inesquecível pra quem estava em cima do palco e para aquele que estava ali, em meio a multidão.


A primeira banda da última noite do Rock in Rio 2011 foram os cariocas da banda Detonautas que fizeram uma apresentação forte e bem ensaiada que atiçou as mais de 100 mil pessoas que lotavam a Cidade do Rock. O que mais achei bonito no show do Detonautas é que era muito visível a felicidade do vocalista Tico Santa Cruz e de seus companheiros por estarem se apresentando no último dia de festa do Palco Mundo.

A não menos arrogante baiana Pitty, segundo show do último dia, foi ovacionada por seus fãs durante todo o tempo de seu show, mas achei que tocar a mesma música que o Detonautas escolheu para homenagear o Nirvana, não pegou muito bem. Antes de passarmos para os shows internacionais da noite, por uma mudança no cronograma do festival, os Titãs que já haviam tocado no festival no palco Mundo, subiram ao palco Sunset com a banda portuguesa Xutos e Pontapés. Um showzão que pincelei apenas pelo telão.


O primeiro show internacional da última noite foi da banda Evanescence que teve seu ponto alto quando a vocalista Amy Lee tocou ao piano a música My Immortal, deixando a multidão arrepiada. A banda que roubou todos os holofotes da última noite do Rock in Rio foi a banda System of a Down, de passagem pela primeira vez pelo Brasil. O SOAD fez uma apresentação matadora e fez a multidão pular e dançar até a última música, dando uma aula de rock e atitude por mais de uma hora pra ninguém botar defeito.

Ao fim do grande show do System of a Down, já começava a forte chuva que caia na Cidade do Rock o que acabou deixando mais difícil a espera pelo show do Guns, até porque todos já sabiam que Axl Rose, a estrela da noite, iria atrasar pelo menos 1h para entrar no palco. A chuva aumentava e o público já cansado começava a ir embora e o show do Guns, marcado oficialmente para 1h10 só foi começar depois de 2h40 da manhã com um Axl Rose cansado de guerra, porém, ainda na ativa.

Não era fácil chegar ao local e tínhamos filas até para usar o banheiro. Sair da Cidade do Rock era impossível em menos de 30 minutos e capa de chuva virou o figurino do último dia. As pernas cansadas e as bolhas e calos no pé, nada me faria desistir de viver essa inesquecível experiência de adentrar a Cidade do Rock ouvindo o jingle tão famoso em alto e bom tom “Ooooo, Rock in Rio ooo”. Faria tudo de novo.

* Texto e fotos por Mary Camata

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