Bidê ou Balde: 10 anos do melhor rock gaúcho

Um grupo gaúcho com uma música cínica, beirando o melodrama, misturando tendências dos anos 80 e que tem a essência de grupos como o B-52´s e outros da fase pré e pós-psicodélica, com uma pitada de punk-rock e brega. Tem como líder, o gordinho Carlinhos, que com sua voz inconfundivelmente rouca, cheia de nuances do pop negro americano é um elemento fundamental na banda, além da outra cantora do grupo, Vivi, que é tratada pelos fãs mais afoitos, como a mais gostosa de todas as bandas do Brasil. O grupo é quase underground, teve como seu grande momento o show na MTV, Bandas Gaúchas, que foi transformado em DVD e CD. Mesmo assim é fácil ouví-los, em qualquer ladrão de MP3 e até no site do grupo vocês terão oportunidade de ver e ouvir o Bidê ou Balde. Melissa, Bromélias, Microondas e Por que não? São os principais hits do grupo. Vale a pena ouvi-los. Confira uma entrevista exclusiva com a banda falando sobre a carreira, sobre shows, sobre o Rio Grande do Sul e sobre o novo disco:


Quanto tempo à banda Bidê ou Balde tem de carreira?
Esse ano estamos fazendo uma década de banda! Começamos na metade de 1998, com um ensaio praticamente despretensioso que antes mesmo de acabar já era o projeto de uma banda cheia de idéias. Mas consideramos mesmo a data cerimonial de celebração de aniversário da banda o dia 10 de dezembro que foi quando, no mesmo 98, fizemos o nosso primeiro show.

A banda tem feito vários shows pelo Brasil, já fizeram shows na Região Norte?
Não, infelizmente a Região Norte é a única que ainda não "invadimos" no Brasil inteiro. Fomos pouco ao nordeste também... Mas tenho certeza de que com a chegada do nosso novo disco reverteremos esse quadro transformando em uma de nossas principais metas levar o show da Bidê aos estados e cidades que ainda não o viram!

Qual o diferencial que vcs acreditam que a banda tem para estar se destacando cada vez mais na mídia?
O guanaco, que sempre rouba a cena nos nossos shows (bem mais que o gnu). E nossos affairs com celebridades da moda e do cinema.

Como está a cena independente no sul?
Posso falar do Rio Grande do Sul, que é o estado do sul do qual sou mais informado (e no qual vivo):
O artesanato vai muito bem, com exceção do indígena, que sofre muitas restrições devido às brigas de demarcação que nossos nativos travam com os governos municipais e estadual. Uma pena!
O teatro e o cinema gaúcho independente, assim como a literatura, encontram alento em projetos e leis de incentivo governamentais, e crescem cada vez mais e mais: o Porto Alegre em Cena, maior evento de teatro do Rio Grande do Sul, tem proporções mundiais; o Pólo Cinematográfico Gaúcho me parece uma realidade iminente, graças a farta produção áudiovisual do estado, o crescimento de atividades acadêmicas e faculdades dedicadas exclusivamente ao assunto e à qualificação da mão de obra local.As artes plásticas estão vivendo um momento mágico, com o surgimento do museu da Fundação Iberê Camargo, uma obra de arte por si só, criada pelo grande arquiteto português Álvaro Siza. Surgiu para despontar entre os grandes museus do mundo e do Brasil - e é tudo um projeto da própria fundação dedicada a preservar a memória e a obra deste grande artista gaúcho que foi Iberê Camargo. E há também os coletivos de jovens (ou nem tão jovens) artistas, que têm se destacado nas artes plásticas: o Upgrade do Macaco, as Laranjas, o Atelier Subterrânea, e toda a riqueza da nossa street art que recentemente ganhou uma grande e linda exposição no Museu do Santander Cultural.
No Rock, finalmente temos um festival de expressão nacional, o GIG ROCK, uma empreitada do Vitor, dono das corporações Beco (que inclui três ambientes culturais/noturnos, além do festival - que tem duas edições anuais).
Acho que a independência executiva, administrativa, em arte ou em qualquer outra área, no sul, no Brasil e no mundo é, a cada vez mais, uma importantíssima e inevitavelmente existente e profícua peça do mercado global. Afinal está crescendo muito a individualidade na realização de diversas técnicas, tornando pessoas ou pequenos grupos em ilhas de um mercado global ligado pela internet.

O que a banda Bidê ou Balde anda ouvindo ultimamente?
Além dos pedidos desesperados da galera que nos curte para que seja lançado logo o nosso novo disco, e o apito constante em nossos ouvidos graças aos altos volumes com que estamos ensaiando para este novo disco, ouvimos college rock anos 90 e todas as coisas que serviam como suas influência ou coisas influenciadas por ele, e muito Erasmo Carlos.

De quem foi a idéia de criação do site interativo da banda?
Para criarmos os três sites que já tivemos (e sempre deixamos visíveis os antigos sites no atual), sempre juntamos todo mundo da banda, com as idéias estéticas a respeito do álbum que estamos divulgando, mais a nossa produção e a pessoa que será responsável pela arte e a programação do site, e despejamos diversas idéias num caldeirão, dali o programador as torna ou não viáveis!

Quais são os planos da banda para esse resto de ano?
Vamos começar a gravar logo o novo disco e pretendemos lançá-lo ainda este anos, de preferência com um show bacana em comemoração aos nossos dez anos de banda, e com uma filmagem marota, pra virar dvd e todo mundo poder curtir em casa! Fiquem atentos e boa viagem!



Fonte: overmundo (texto inicial)/maryjanne (entrevista)/arquivo da banda(fotos)

Comentários

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