Willrob: o rock divertido

Com quase cinco anos de existência, a WILLROB faz um rock'n roll básico e objetivo. Sem firulas ou intenções de redescobrir a pólvora, a banda se serve de letras divertidas e refrões elaborados, trazendo de volta um clima 60/70 em suas composições. Suas influências vão desde Kinks e Stones até Cascavelettes. A WILLROB tem atuação dentro do circuito de bandas independentes da cidade do Rio de Janeiro, já tendo se apresentado em locais como Ballroom, Circo Voador, Fair Up, além de festivais ao ar livre e centros culturais. Em sua discografia existem dois trabalhos: O EP independente Mystério (ainda como Willbor) e "Pleased to meet you", EP lançado pela Ettore Rock. A banda é formada por: Hélio Ribera nos vocais, Chewie no baixo e Gusta na guitarra. Em uma entrevista com o vocalista Hélio, ele falou sobre a banda, as mudanças e de festivais de rock.
A quanto tempo já existe a banda Willrob?
A Willrob vem de uma outra banda onde o Gusta e o Bumb's já tocavam. Era a “Igor Willbor Bin Bin's Big Heart Club Band”. Essa banda existiu entre 94 e 98 e tocou em lugares como Praia Vermelha na UFRJ e Festa do Baco na Fundição Progresso pra quase 3000 pessoas. Eram 3 vocalistas, dois guitarras um teclado, baixo e muitas meninas desfilando pelo palco com roupa de época. Tb tínhamos uns garçons q ficavam entrando no palco pra servir a gente. Era bem performático.
Antes dessa eu tive uma chamada Sweet Novel e a primeira que foi a Wild Sex Machine (na sua primeira formação).

A banda antes se chamava Willbor né, pq houve a mudança?
Eu comentei com o Mago que queria que a banda se chamasse Will Robinson, que é um herói de infância, personagem de “Perdidos no Espaço”. Aí o Mago falou: "Troca só o R de lugar com o B e deixa WILLROB!" Eu achei q soou melhor e todo mundo concordou. Então ficou assim.

O que a banda Willrob tem feito pra se destacar no cenário independente de um estado como o Rio de Janeiro?
Tenho certeza de que os arranjos da Willrob, fechados e concisos, a música com melodia, construída corretamente, com letra e principalmente refrão já são um ponto diferencial, se você for considerar todas as bandas independentes. O que vejo atualmente são bandas onde, na maioria das vezes, as pessoas não formatam a música. Já vi bandas de amigos meus que, no início, tinham arranjos bem toscos. Com uma delas, depois que as coisas entraram no lugar, até se lançaram por uma grande gravadora. E, hoje em dia, é uma boa banda. É importante se ter ciência de que existe um público a ser atingido e que a música precisa ter uma cara. Conheço apenas uma banda que fez sucesso sem identidade musical, e não acho que isso possa se repetir. Digo, que outra banda possa fazer muito sucesso assim. Bandas sem identidade existem muitas por aqui. E por todo Brasil, com certeza. Com a "quase novidade ainda" da internet, a tendência é que isso só aumente.

Vocês têm feito shows? Qual a musica de trabalho da banda?
Temos tocado basicamente na Festa do Baco. Grandes mudanças na vida pessoal de todos nós acabaram restringindo nosso raio de atuação. Mas já tocamos em praticamente todos os espaços alternativos (decentes e indecentes), apenas pelo Rio de Janeiro. Ballroom, Fair Up, Caxanga, Clandestino, Sebo Baratos da Ribeiro, Circo Voador etc. O Garage, por exemplo, foi inaugurado por uma banda minha em 91, a Sweet Novel.
Tenho dúvida a respeito da música de trabalho. Algumas pessoas gostam de "Doeu", outras de "Me perdi na Cidade". Na Festa do Baco, que leva um público grande, as pessoas têm gostado de "Você Chorou" e de "Take my hand", que nem está no EP que lançamos pela Ettore Rock.

Já participaram de Festivais de Rock fora do Estado? pensam em tocar em outros Festivais?
Tendo disponibilidade e possibilidade, é claro! Acho, sinceramente, que existem outros estados bem mais rock'n roll do que o Rio de Janeiro. E acho que nossa banda tem qualidade pra ser bem recebida simplesmente pelas músicas, independente de estar tocando ou não em rádios. Acho muito legal quando vejo um show de alguém que não conhecia e começo a gostar daquilo ali, na hora, justamente pela qualidade do som. Isso aconteceu comigo na primeira vez em que ouvi os Cascavelettes, num show lá em Porto Alegre. Não conhecia a banda, e foi amor à primeira ouvida! :)

Quais os planos da Willrob pra esse ano de 2008?
Quero ver se conseguimos deixar as pessoas muito felizes na Festa do Baco! O produtor do evento, o Mago, tentou com outras duas bandas quando recomeçou a fazer a Festa. Não funcionaram. Isso pq a banda precisa se anular pra tocar lá. É preciso ser rápido e entender que a banda, no Baco, apenas integra um pequeno detalhe dentro da estrutura do evento. Isso é difícil, acaba se tornando um atentado ao próprio ego!!! É um grande exercício. Além de nós, o Toatoa foi a banda que fechou com o evento e movimenta muito as coisas por lá. Mesmo sendo o Jonny já um pop-poser-star experimentado! Mas, finalizando, acho que eu e o pessoal da Willrob passamos bem por esse teste. Os três são muito habilidosos, maduros e grandes irmãos de muitos anos. O Bumb's e o Gusta são, simplesmente, dois exemplos do que de melhor pode haver no rock nacional. E não estou exagerando. O Gusta é um dos melhores guitarristas e arranjadores que conheci, e o Bumbinho nem preciso comentar. O Chewie é uma das pessoas mais comprometidas que já conheci. Tudo que é combinado com ele é executado da melhor maneira possível. Ele acabou de substituir o baixista da banda Maybe the Welders que veio de NY tocar por aqui. E arrasou! Enfim, eles são fodaços!! :D

Então mando um beijo para o Hélio, pessoa queridissima que conheci pelos fotologs da vida a muito tempo atraz e muito sucesso pra banda Willrob!
Fonte: Maryjanne/ Foto: Hélio

Comentários

Unknown disse…
ótima banda. uma das razões pelas quais o baco é tão divertido.
Saul disse…
O vocalista (Hélio), já foi meu professor de Artes, hehehe, excelente prof, valeu!!!!!!!!!!!!
Anônimo disse…
otimo blog e otima entrevista!!!
parabens mary!
Anônimo disse…
O vocalista e meu primo de 1o grau e conheço ele desde moleque e um cara fantastico e super criativo HELINHO P BBB 9 E MINHA opiniao.
Anônimo disse…
Mais importante que ser reconhecida e divulgada pela mídia é o reconhecimento do público. As oportunidades de se ouvir ao vivo rock'n'roll de primeira em hits como os da Will Rob, são muito poucas. Por isso cada apresentação é tão especial. Sem contar que a banda ao vivo é 300 vezes melhor que nas gravações!
Anônimo disse…
O Helio tornou possivel o meu sonho de tocar com minha banda Maybe The Welders no Rio. Agora so falta as duas bandas se apresentarem juntas pra realizar um outro sonho meu. A festa agitada no Cine Lapa pelo Helio e Mago foi um acontecimento simplesmente inesquecivel.
Um grande abraco para esse cara simlesmente Genial!!!

Peace

Pitti & Maybe The Welders

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